O que é o Programa

O Programa de Incentivo à Leitura vem sendo implementado gradativamente desde 2009 e tem como maior objetivo a formação de uma cidade leitora, a partir da garantia do acesso ao livro e a leitura, da formação de mediadores de leitura e da realização e apoio à todas iniciativas de ações voltadas para o incentivo à leitura em Betim.Sendo assim o grande desafio é criar condições para não limitar esse Programa aações pontuais e esporádicas, mas promover uma grande mobilização municipal a esse favor, fazendo com que as bibliotecas escolares, praças, parques e outros espaços da cidade se tornem espaços que acolham as práticas leitoras. O nosso objetivo é construir a cada dia UMA BETIM MAIS LEITORA!
Equipe: Eugênia Ribeiro, Gil Bertho Lopes, Viviane Penido e Fabiana Vilas Boas (coordenação)

Contato: Tel: 3596-0081
O Programa de Incentivo à Leitura foi construído com base nas diretrizes do Plano Nacional do Livro e da Leitura (PNLL) que pode ser melhor conhecido por meio do acesso aos links:
www.pnll.gov.br e do http://maisleituramaislivro.ciatech.com.br/

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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

O círculo virtuoso da sociedade leitora

Alguns setores da economia brasileira cresceram muito nos últimos anos. Para nós, educadores, o que mais chama a atenção é o segmento relacionado ao mercado editorial, principalmente no que diz respeito aos livros didáticos e de literatura. O Ministério da Educação (MEC) muito colaborou para esse cenário, comprando vultosas tiragens para distribuir às escolas - tanto de um tipo como de outro - e exigindo cada vez mais qualidade em todos os aspectos.


"Sabemos que a paixão pela leitura não vem no código genético das pessoas. Ela deve ser cultivada, incentivada e ensinada."



O número de livros lidos por ano por habitante aumenta nos países em que a leitura aparece em diversos contextos, formando um círculo virtuoso. Se as pessoas leem em casa ou no transporte público, compram livros para si e para presentear, fazem deles objeto de conversas, participam de encontros em que a literatura é o principal tema, então essa é uma nação de leitores.



O fato é que o nosso país está ficando cada vez mais e mais letrado. Editoras têm aumentado o número de lançamentos nos diversos gêneros. Nas grandes cidades, bancas de jornais vendem literatura a um preço acessível e livrarias estão se transformando em pontos de encontro da vida social e intelectual. É bonito ver, nesses estabelecimentos, os espaços tomados de leitores que aproveitam o tempo folheando os lançamentos, lendo os primeiros capítulos do livro recém-adquirido enquanto tomam um café e participando de eventos artísticos e culturais. Pais e filhos passam horas lendo histórias em almofadas gigantes em ambientes detalhadamente decorados para atrair e agradar às crianças.



No interior do Brasil, certamente isso ainda não é realidade. Contudo, vemos vários esforços do poder público para montar bibliotecas onde elas ainda não existem e ações de organizações não governamentais promovendo ações com o objetivo de facilitar o acesso às publicações nos lugares mais carentes.



Mas, afinal, como uma nação de leitores começa a se formar? Alguns dizem que é na família, com os pais lendo para as crianças, cultivando em casa uma pequena biblioteca com livros, revistas e jornais, comentando sobre as leituras que fizeram na hora das refeições e até encapando com os filhos os livros da escola para que durem mais. Tudo isso ajuda, sim, os pequenos a terem um testemunho próximo sobre a importância da leitura. Mas não basta.



Sabemos que a paixão pela leitura não vem no código genético das pessoas. Ela deve ser cultivada, incentivada e ensinada. Com isso, concluímos que a escola tem um papel crucial na formação de leitores. É lá que devem acontecer atividades significativas para que a comunidade leitora cresça cada vez mais, como destaca a reportagem de capa da revista NOVA ESCOLA GESTÃO ESCOLAR de agosto/setembro, que está nas bancas. Dar amplo acesso aos livros - sem escondê-los em caixas ou trancafiá-los na biblioteca com medo que estraguem -, organizar o acervo de modo que os alunos possam escolher o que lhes agrada, envolver professores, funcionários e pais em atividades em que romances, contos e poemas aparecem como a atração principal são algumas ações que podem ser empreendidas pelos diretores escolares.



Uma escola envolta em um clima leitor é o elemento que mais facilita o trabalho do professor, que, no fim das contas, é o responsável por fazer crescer, nas diferentes fases escolares, o gosto pela leitura literária, como tratou a reportagem de capa de NOVA ESCOLA de agosto, disponível no site www.ne.org.br. A escola pode, com isso, se tornar o exemplo nas comunidades que ainda estão engatinhando nessa área ou dar sequência, nas que já incorporaram a leitura a seus hábitos cotidianos, ao círculo virtuoso que fará da nossa sociedade uma sociedade leitora.



Fernando José de Almeida (gestao@abril.com.br) é filósofo, docente da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e diretor de Educação da Fundação Padre Anchieta.

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